Deputados estaduais criticaram hoje, durante a sessão da Assembléia Legislativa do Estado, a falta de uniformização de regras nas eleições deste ano para escolher os vereadores e prefeitos em 78 municípios de Mato Grosso do Sul. Segundo o deputado estadual Ary Rigo (PDT), foram \”60 e poucas leis\” regulando o processo no Estado. Ele destacou que houve excesso de interpretação da lei existente. Conforme Rigo, em algumas cidades, os partidos podiam contratar cabos eleitorais. Em outras, esta medida era proibida. Alguns permitiam bandeiraços, enquanto outros limitavam a realização de um comício por semana; em algumas cidades, o som não podia ser tocado após as 22h; outras decisões limitavam as reuniões a participação de 50 pessoas, outros proibiam. Segundo Júnior Mochi (PMDB), em algumas regiões, a Justiça Eleitoral permitia caminhadas, enquanto restringiam em outras. Paulo Duarte, líder do PT, endossou as críticas. Para o petista, as centenas de regras diferentes refletem a necessidade de se votar a reforma política pelo Congresso Nacional. Ele cobrou a uniformização das regras para as próximas eleições. Os três deputados ressaltaram o papel da Justiça Eleitoral, da Polícia Militar e da Polícia Federal na manutenção de uma eleição tranquila no Estado. O pleito ocorreu sem incidentes. \”Prevaleceu o desejo da população\”, frisou Mochi, que comemorou a eleição de aliados na região norte do Estado.