JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024A auditoria Deloitte e seus sócios Wanderley Olivetti e Michael John Morrel firmaram um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e vão pagar um total de R$ 400 mil para encerrar um processo administrativo sobre o caso Parmalat. Desse total, R$ 300 mil são relativos à Deloitte e R$ 50 mil à cada sócio.
A firma, que prestava serviços de auditoria independente para a Parmalat, era acusada no processo de não ter emitido, no período de 2000 a 2003, os pareceres e os relatórios de revisão especial de acordo com as normas contábeis vigentes.
Os dois sócios também tinham sido acusados no processo porque eram os responsáveis pela emissão dos pareceres de auditoria e relatórios de revisão especial em questão.
Como a diretoria colegiada da CVM aceitou a proposta de termo de compromisso, os processos e as acusações ficam suspensos para os que firmaram o acordo. Após o cumprimento do termos de compromisso, o processo é extinto.
A Parmalat Alimentos (que era a empresa operacional) e a Deloitte eram partes do mesmo processo administrativo, aberto pela CVM em 2005, após um inquérito que apurou irregularidades no processo de reestruturação da Parmalat Brasil S.A., iniciado em 2000. O escândalo envolvendo a matriz italiana estourou em dezembro de 2003.
De acordo com o relatório da CVM, a comissão de inquérito concluiu, após a investigação que \”foi adotada uma estratégia contábil visando melhorar, para o público, a avaliação sobre a situação econômico-patrimonial-financeira da companhia (…)\”.
Um alerta havia sido feito por Morrell no parecer sobre as demonstrações financeiras da Parmalat Participações (que era a holding, não operacional) em 2002. O auditor chamou a atenção para o alto volume de transações financeiras entre a holding e empresas do grupo.
A Deloitte já havia feito uma proposta de pagar R$ 50 mil para fechar o termo, porém os diretores da autarquia rejeitaram, em outubro do ano passado. A auditoria alegou à CVM que a Parmalat já havia feito um acordo com a autarquia, no valor de R$ 70 mil.
Por meio de nota, a Deloitte afirmou que todo o trabalho de auditoria realizado nas subsidiárias brasileiras da Parmalat foi revisado por outros órgãos independentes, que não encontraram falhas. A auditoria diz ainda que a decisão de apresentar uma proposta de termo de compromisso não representa a aceitação das acusações, mas que é do interesse da companhia abreviar o processo e torná-lo menos oneroso: \”A Deloitte está convicta de que as acusações dirigidas aos seus sócios e à organização são totalmente infundadas\”.