JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
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18 de abril de 2024Sem exageros, as consequências de uma falta de acordo no Congresso norte-americano sobre a crise fiscal do país podem ter maior dimensão do que a crise financeira que estourou nas bolsas de valores em 2008. Vale lembrar que o próprio país e a Europa estão em fase de recuperação dos efeitos da turbulência mundial, destaca Alex Agostini, analista-chefe da Austin Rating, empresa classificadora de riscos. “Na crise de 2008, o que houve foi uma redução do nível de liquidez, da disponibilidade do dinheiro usado como empréstimo, mas, agora, (com um default norte- americano), a mensagem seria a de que o país não vai pagar o que deve”, diz.
Considerando a hipótese de um calote, os investidores dos países europeus em crise não resgatariam seus títulos que estão vencendo e tentariam resgatá-los em outros países, assim como os investidores asiáticos. O resultado seria corte de investimentos. Com o dólar decolando, as taxas de juros, quer dizer, o custo do dinheiro, subiriam. No Brasil, outro motivo seria o impacto do dólar sobre a inflação, tendo em vista a influência dos componentes importados sobre a produção, o que já tem forçado o governo a elevar a taxa básica, a Selic, que remunera os títulos públicos no mercado financeiro e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio.
De acordo com a pesquisa Focus, feita pelo Banco Central para apurar a expectativa analistas financeiros, as previsões para novembro já trazem a perspectiva de alta da Selic a 10% ao ano, quando as estimativas anteriores estava em 9,75% anuais. O encarecimento do crédito significa pressão sobre os investimentos no chamado setor produtivo da economia, envolvendo a indústria e o comércio, o que resulta em prejuízo para a geração de empregos e os rendimentos da população.
As exportações de países como o Brasil sofreriam também de forma drástica com o calote, lembra o economista Paulo Vieira, tendo em vista que em torno de 15% das vendas externas do país têm o solo americano como destino. “Os americanos compram do Brasil e de países que também importam produtos brasileiros, uma reação encadeada”, afirma. Os clientes americanos adquirem peças e acessórios para automóveis e aeronaves de fabricação brasileira, além de aço, calçados, madeira, aparelhos e equipamentos telefônicos, motores e compressores, ferro-gusa e ferroligas, entre outros itens. Os EUA são o maior importador mundial, com compras superiores a US$ 1,9 trilhão por ano.