O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 11% ao ano, conforme as expectativas do mercado.
Esta foi a segunda manutenção seguida da Selic após a interrupção, em maio, do ciclo de alta, que durou 13 meses.
Ao fim do encontro, o BC divulgou o seguinte comunicado: “Avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 11,00% ao ano, sem viés”.
Ao manter a Selic no mesmo patamar, o BC sinaliza que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. O Banco Central tem reiterado que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.
O BC persegue a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta é 4,5% ao ano, com limite superior em 6,5%. A projeção do mercado financeiro aponta a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), bem próxima desse teto (6,48%). Na próxima quinta-feira, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.
Quando a presidente Dilma Rousseff tomou posse, em janeiro de 2011, os juros básicos estavam em 10,75% ao ano e foram gradualmente reajustados para baixo nos meses seguintes. Em agosto do mesmo ano, a taxa passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor patamar da história. A Selic foi mantida nesse nível até abril de 2013, quando o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos juros básicos para conter a inflação.