O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a renegar uma eventual aliança com o partido do presidente Michel Temer, caso eleito. \”Com a quadrilha do PMDB eu não quero negócio\”, defendeu, durante entrevista ao programa Band Eleições, da Band, transmitido na madrugada desta terça-feira, 8. De acordo com o pedetista, governar com o apoio do MDB é o \”caminho do fracasso sem falta\”.
\”O Fernando Henrique Cardoso se desmoralizou (com a aliança com o MDB), e nunca mais o PSDB ganhou uma eleição nacional\”, afirmou, de forma enfática. Ciro, entretanto, reconheceu as dificuldades de montar uma coalizão e disse que não vai governar com \”a inocência de um convento\”. \”Mas se você anunciar as propostas antes, se negociar no atacado, negociar o pacto federativo, para trazer uma eficiência instantânea que imediatamente mexe com o povo, o impasse pode se resolver por meio de plebiscitos e referendos\”, defendeu.
Ainda sobre alianças, o pedetista voltou a lamentar a fala da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que afirmou que a indicação de um vice petista na chapa de Ciro não vai acontecer nem \”com reza brava\”. Segundo Gomes, é uma \”pena\” que Gleisi pense assim mesmo diante das dificuldades que o País enfrenta.
Ciro voltou a afirmar que vai revogar as mudanças nas leis trabalhistas implementadas por Temer, que descreveu como uma \”aberração\”. Além disso, novamente se posicionou contra a privatização de estatais importantes para o País, com destaque para a Eletrobras. \”Estou tentando avisar o investidor estrangeiro que um dos candidatos pensa assim, para que amanhã ele não diga que foi enganado.\” Segundo o pedetista, ele vai revogar uma possível venda da estatal se chegar ao Planalto.