Rousseff Gives Tombini ‘Autonomy’ for Brazil Inflation Battle
25 de novembro de 2010Aprovado por comissão temporária, texto do novo CPC segue para o Plenário do Senado
3 de dezembro de 2010As vendas de petróleo e de minério de ferro vão garantir um superávit recorde para o Brasil no comércio com a China este ano. Até outubro, o País acumula US$ 5,1 bilhões de saldo positivo. O valor já é superior aos US$ 5,09 bilhões de todo o ano de 2009, que era o recorde anterior.
O que mais chama a atenção, no entanto, é que isso está ocorrendo em um ano de forte crescimento para a economia brasileira. Os analistas projetam uma alta entre 7% e 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Com o consumo “bombando”, as importações de produtos chineses subiram 62,7% de janeiro a outubro.
Em 2008, quando a economia também avançou significativamente ( 5,1%), o Brasil amargou déficit de US$ 3,5 bilhões. Até agora, essa tinha sido a regra. Em anos de forte crescimento, o comércio com a China registrava déficit. Em anos fracos, como 2009, em que o PIB caiu 0,2%, o superávit foi robusto.
Neste ano, o jogo mudou. As exportações avançam 39% até outubro, porcentual inferior ao das importações, mas o superávit está garantido. E o principal responsável é o petróleo. Graças a explosão de preços, a receita obtida com essas vendas cresceu impressionantes 273%.
O minério de ferro também deu uma colaboração importante, mas o ganho foi só em preço. A receita cresceu 45,9%, mas o volume embarcado caiu 15,3%. O minério é o principal produto da pauta de exportação brasileira e respondeu por 38,6% das vendas para a China. A fatia do petróleo é de 13,5%. “Dentro de 10 anos, com o início da produção do pré-sal, o petróleo vai se tornar o principal item na pauta de exportação para a China”, disse Rodrigo Tavares Maciel, sócio da Strategus Consult e ex-secretário-executivo do Conselho Empresarial Brasil-China.
Segundo o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o maior problema é a concentração das exportações brasileiras em commodities, produtos que podem sofrer bruscas variações de preço.
