O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 6, que fará um \”revogaço\” de normas da Receita Federal. Bolsonaro não detalhou quantas normas devem ser revistas, mas afirmou que está \”falando\” sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o secretário da Receita Federal, José Tostes.
O anúncio de Bolsonaro foi feito durante \”live\” semanal nas redes sociais. \”São Instruções Normativas (da Receita)\”, disse ele. O presidente não afirmou quando as normas serão revogadas.
Ao citar o \”revogaço\”, Bolsonaro disse que Donald Trump já prometeu revogar dois atos a cada norma assinada nos Estados Unidos. \”Pretendemos fazer a mesma coisa\”, afirmou.
Bolsonaro voltou a afirmar que estava satisfeito com a rejeição no Senado dos EUA de processo de impeachment contra Trump. Mais cedo, Bolsonaro fez uma transmissão nas redes sociais enquanto acompanhava discurso de Trump sobre a decisão dos senadores americanos.
\”O problema saindo do cangote (de Trump), ele tem como conduzir a América do Norte melhor. Tem relação de causa e efeito conosco\”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro disse na \”live\” semanal que não está \”duelando\” com ninguém, mas voltou a afirmar que governadores têm culpa pelo alto preço do combustível.
O presidente repetiu que enviará ao Congresso projeto de lei para que a cobrança de ICMS seja feita na refinaria, em vez de na bomba em postos de combustível. \”Vai ser difícil passar (o projeto no Congresso). Não tem governador até o momento que se mostrou favorável. Vocês estão sabendo de quem é responsabilidade\”, disse.
O presidente ainda provocou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmando que há quem prefira no Estado beber gasolina do que água, por causa de críticas a serviços da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Estado do Rio (Cedae).
O presidente voltou a afirmar que lançará o programa \”Minha Primeira Empresa\”. Bolsonaro usa a suposta ideia do governo como crítica a opositores. Ele costuma dizer que a ideia é tornar \”patrão\” quem é crítico a seu governo para demonstrar como é difícil empreender no Brasil.
Bolsonaro também repetiu que o governo não interfere em decisões como de redução da Taxa Selic, que caiu a 4,25% ao ano na quarta-feira, 5, ou de preços de combustível.