O Banco Central Europeu (BCE) está avaliando expandir sua gama de ferramentas de política, ao mesmo tempo em que banco central dos Estados Unidos cogita reduzir suas medidas de estímulo, o que destaca as diferenças entre os dois maiores blocos econômicos.
O membro do Conselho Executivo do BCE Peter Praet disse na quarta-feira que o banco pode tentar novas políticas se necessário para enfrentar os riscos de deflação, acrescentando que o BCE também está avaliando medidas para encorajar mais empréstimos na zona do euro.
Praet disse que a desalavancagem dos bancos da região pode afetar o crescimento e deixar a inflação em um nível baixo demais –ela já caiu para 1,2 por cento, bem abaixo da meta de perto mas abaixo de 2 por cento –e que o BCe agiria opara evitar uma espiral desinflacinária se necessário.
“Nós temos um objetivo: estabilidade de preços”, afirmou ele. “Se esse objetivo estiver em risco, nós temos a possibilidade… de expandir a gama de instrumentos (de política monetária) se acharmos que é necessário para esse objetivo”, continuou Praet.
Christian Noyer, outro membro do Conselho Executivo do BCE, também disse que o BCE está avaliando novas medidas para lidar com as diferenças nas condições de financiamento na zona do euro.
Em contraste, o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que o banco central norte-americano pode decidir reduzir os 85 bilhões em títulos que compra a cada mês em uma de suas “próximas reuniões” se a economia mantiver o ímpeto.
O estímulo monetário está ajudando a economia a se recuperar, disse Bernanke ao Congresso na quarta-feira, mas acrescentou que o Fed precisa de mais sinais de tração antes de reduzir a intensidade do programa de estímulo.
A economia dos Estados Unidos recuperou força na primeira parte do ano, enquanto a zona do euro permaneceu em recessão pelo sexto trimestre consecutivo, e pesquisas sobre a atividade indicaram nesta quinta-feira que essa série pode chegar a sete trimestres, à medida que a fraqueza se espalha para os países centrais, especialmente a França.