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18 de abril de 2024Em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,75% ao ano pelo terceiro mês consecutivo.
A decisão foi unânime e não surpreendeu o mercado, que já esperava esse resultado. Mas uma alteração pontual no comunicado após o encontro, que durou quase três horas, indica que a autoridade monetária pode voltar a subir a taxa antes do imaginado: o texto ressalta que há uma ociosidade “residual” no setor produtivo e que, em razão dela e da redução dos juros feita no início do ano, o BC avalia que o atual patamar da Selic é, “neste momento”, consistente com um cenário inflacionário benigno.
Na avaliação do economistachefe do BES Investimento, Jankiel Santos, o fato de o Copom ter usado o termo “nesse momento”, para dizer que o cenário continua benigno, pode indicar uma elevação da taxa básica de juros já no primeiro semestre de 2010: — Se antes não existia dúvida de que o cenário era totalmente tranquilo, a percepção agora é que, por enquanto, está tranquilo, mas o que acontecerá daqui por diante ninguém garante.
Para Santos, vários economistas que ainda apostavam em eventuais elevações na Selic apenas no segundo semestre deverão rever seus modelos. A avaliação do BES Investimento é que a Selic suba de dois pontos percentuais a dois pontos e meio no ano que vem.
Para o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, a alta nos juros será já no primeiro semestre de 2010: — Não acho que a Selic vá subir logo na primeira reunião do Copom de 2010, mas a tendência é de que este seja apenas um sinal, que será seguido de alguns outros nas próximas reuniões.
No nosso cenário, as taxas começam a subir em abril.
Pela pesquisa Focus, o mercado aposta numa retomada das elevações da Selic em junho, com os juros encerrando 2010 em 10,63% ao ano.
Segundo os analistas, a maior preocupação do BC é com o aquecimento da economia em 2010. A atividade estará ainda mais forte no ano que vem — quando o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer acima de 5%. No próximo ano, espera-se forte aumento da demanda interna, o que pode pressionar os preços.
Mantega se diz satisfeito com patamar atual do câmbio A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou a decisão e afirmou que há espaço para cortes adicionais da Selic. Já a Força Sindical disse que a taxa “asfixia a produção, inibe o consumo e, consequentemente, a abertura de novos postos de trabalho”.
Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que a Selic em 8,75% ao ano é inadequada para a economia, pois inibe a atividade produtiva e aumenta a entrada de capital estrangeiro no país, baixando ainda mais a cotação do dólar. “Essa situação (cambial) limita a retomada dos investimentos e retarda nossa recuperação, comprometendo o emprego e a produtividade”, afirmou em nota o presidente da CNI, Armando Monteiro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, disse ontem estar “satisfeito” com o comportamento do câmbio, cujo patamar está acima de R$ 1,75, e indicou que o governo não tem mais tanta pressa para anunciar novas medidas para conter a desvalorização da moeda americana. Para ele, a cobrança de 2% de IOF sobre capital estrangeiros para aplicação em ações e títulos tem surtido o efeito desejado. Ontem, o dólar subiu 0,73% e fechou a R$ 1,771, maior cotação desde o começo de outubro. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,42%, aos 68.011 pontos.
— Estou satisfeito com o comportamento (do câmbio).
Diminuiu a volatilidade, diminuiu o fluxo de ingresso de capitais e, portanto, diminuiu o risco de bolha. Acho que está numa situação bastante satisfatória — disse Mantega, ao participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social