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18 de abril de 2024Com o projeto que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS) ameaçado pelo calendário eleitoral e por dissidências na base, líderes governistas no Senado fecharam posição para só votar a nova CPMF depois das eleições. “A oposição teve que aceitar diante da posição firme do governo”, disse ontem o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).Os aliados, segundo ele, fecharam posição pelo adiamento já de manhã. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), argumentou que se trata de proposta complexa e, antes de ir ao plenário, precisa ser votada por três comissões- incluindo a de Constituição e Justiça.Na Câmara, os governistas conseguiram ontem derrubar três dos quatro destaques à proposta da CSS que ficaram pendentes. Mas à noite desistiram de concluir a votação, ao perceber que o plenário estava esvaziado.Na três votações o Planalto teve mais margem do que na semana passada, quando aprovou a CSS por 259 votos, 2 a mais do que o mínimo necessário. No primeiro destaque, assegurou 290 votos e houve 84 contrários. No segundo, foram 291 votos a 44. Por volta das 20h30, reuniu apenas 262 votos para derrubar o terceiro, que teve 107 votos.Com esse resultado, os aliados encerraram a sessão, pois temiam não conseguir aprovar o último ponto, que institui a base de cálculo da CSS. Sem ela, não há como cobrar o tributo. “Era arriscado votar. Se quatro ou cinco deputados tivessem um chilique, perderíamos”, disse o líder do PT, Maurício Rands (PE). Os líderes constataram que alguns deputados foram para Belo Horizonte, para assistir ao jogo do Brasil contra a Argentina – a convite do governador Aécio Neves – e outros foram ao Itamaraty, participar do jantar com o príncipe herdeiro do Japão, Naruhito. “Houve uma conspiração internacional de japoneses, argentinos e tucanos e, ainda, do além, porque muitos deputados adoeceram e não puderam vir”, brincou Rands.Agora não há certeza de que a CSS seja concluída nem na semana que vem, pois os deputados estarão envolvidos nas convenções para escolha de candidatos a prefeito e vereador e os parlamentares do Nordeste estarão participando das festas juninas, tradição forte na região.Além disso, a pauta do plenário estará trancada por duas medidas provisórias. Na semana seguinte serão mais quatro MPs trancando a pauta.