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18 de abril de 2024A falta de coordenação internacional na elaboração de uma nova política de regulação e supervisão pode levar o sistema financeiro internacional à fragmentação. O temor foi expresso em Zurique pela direção do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, pelas iniciais em ingês), o “clube dos bancos”, que vê ameaça de criação de múltiplas e conflitantes legislações ao redor do mundo.
O encontro ocorreu às vésperas do Fórum Econômico Mundial, que começa hoje em Davos – um ano após a grave crise financeira global.
A advertência feita pelo IIF leva em conta a criação de novas exigências pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) e pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), aprovadas em Basileia, há 15 dias, mas também os recentes anúncios de um novo imposto sobre os lucros dos bancos e de novas regras de regulação pela administração de Barack Obama, nos Estados Unidos.
Somam-se a essas medidas as novas instituições de regulação criadas pela União Europeia, e políticas nacionais de taxação dos bônus de executivos, como as em estudo na França e no Reino Unido.
Os membros do IIF elevaram o tom em relação à falta de coordenação global na elaboração das novas regras. “Se não houver articulação, corremos o risco de promover a fragmentação dos sistema financeiro internacional”, alertou William Rhodes, vice-presidente do IIF.
O executivo cobrou a implementação das decisões tomadas pelos chefes de Estado e de governo reunidos no G-20 em Londres e Pittsburgh, em 2009, e chegou a fixar uma data limite para que a articulação seja aprimorada sem prejuízos para o funcionamento do sistema: o G-20 da Coreia do Sul, em novembro de 2010.
Indagado diretamente sobre as medidas adotadas por Obama – que contrariaram os executivos dos principais bancos americanos -, Rhodes evitou comentários.