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9 de janeiro de 2015O mundo reagiu com horror e indignação ao ataque terrorista que matou 12 pessoas que trabalhavam na revista humorística francesa Charlie Hebdo, na tarde desta quarta-feira (7/1), em Paris. Entre os mortos estão o diretor da revista, Stephane Charbonnier e outros três cartunistas, além dos dois policiais escalados para fazer a segurança da publicação. Acredita-se que três pessoas invadiram a redação da revista, no momento da reunião de pauta, atirando com metralhadoras AK-47. Um quarto terrorista teria ficado no carro que conduziu o grupo e deu-lhe fuga. Segundo testemunhas, os assassinos teriam dito que estavam vingando o profeta.
Além do terror provocado pela ação em si mesma, o atentado significa um dos mais cruéis ataques à liberdade de expressão nos últimos tempos. Como cabe a uma publicação de humor, Charlie Hebdo tratava com irreverência todos os temas que abordava, e de suas cáusticas sátiras não escaparam a intolerância e a violência de facções radicais islâmicas. Desde 2006, quando publicou charges do profeta Maomé, originalmente produzidas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten, o Charlie Hebdo vinha sendo alvo de ameaças de radicais islâmicos. Em sua última mensagem no Twitter, na manhã desta quarta-feira, a revista mostrava uma charge com a imagem de Al-Baghadi-Akr, o líder da facção radical Estado Islâmico desejando “os melhores votos, de fato” e acrescentando: “E sobretudo, saúde”.
A revista já havia sido vítima de um atentado a bomba em 2011, logo depois da edição que continha uma piada sobre a Sharia, a lei islâmica. “Vivíamos há oito anos sob ameaças, tínhamos proteção, mas não há nada que se possa fazer contra bárbaros que invadem com Kalashnikovs”, disse o advogado da revista, Richard Malka, após o atentado. “A revista apenas defendeu a liberdade de expressão, ou simplesmente a liberdade”.
