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29 de maio de 2017Assim como nos anos 1980, a participação de artistas na campanha pela aprovação de uma emenda constitucional para garantir a eleição direta para presidente da República é intensa. Atores como Fábio Assunção, Adriana Esteves e Wagner Moura gravaram e publicaram vídeos nas redes sociais chamando as pessoas para um show na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, marcado para este domingo (28). O mote são as Diretas Já.
Nos vídeos, os artistas falam da importância da eleição direta. Pela regra atual, se a presidência ficar vaga serão feitas eleições indiretas, nas quais só participam os membros do Congresso Nacional. Isso porque a vaga ocorreria nos dois últimos anos de mandato.
Propostas de emendas à Constituição que tramitam na Câmara e no Senado alteram o texto, permitindo a eleição direta, a não ser respectivamente nos seis últimos meses ou no último ano da gestão. O show será na orla de Copacabana às 11h.
“É um momento de muita luta para os brasileiros a gente não pode delegar o nosso voto a um Congresso em que metade das pessoas estão sendo investigadas. Não importa se vc é de direita ou esquerda, Temer, nós é que não vamos renunciar”, disse o ator Fábio Assunção.
A atriz Adriana Esteves foi mais direta: Neste domingo agora, 28 de maio, todos juntos na praia de Copacabana, Diretas Já”, disse. Outro que gravou foi o ator Lúcio Mauro Filho. “Estamos falando de retirarmos o sr Michel Temer da presidência mas da possibilidad de escolher quem vai entrar neste lugar. Por isso, neste domingo, vamos sair às ruas para exigir diretas já”, afirmou.
A Cantora Zélia Duncan disse que Temer está \”por um fio\” e pediu ao povo que dê \”um peteleco nessa história\”.
O show será gratuito e comandado por cantores como Caetano Veloso e Maria Gadu. Também estão confirmadas as presenças dos cantores Otto, Mart\’nália, Mano Brown, Criolo, Teresa Cristina, Mano Brown, Pedro Luís e Pretinho da Serrinha. Será o primeiro grande evento da nova campanha Diretas Já, que ganhou força nas redes sociais com a possibilidade de queda do presidente Michel Temer (PMDB) por causa das delações dos executivos da JBS.
O presidente é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e de 17 pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados por conta de denúncias de que teria avalizado o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Segundo gravações da JBS, o presidente também teria ficado inerte ao saber que o dono da JBS, Joesley Batista, agiu para comprar um juiz e um procurador.
Segundo o deputado Paulo Pimenta (PT/RS), a ideia é levar eventos e shows como este a todo o Brasil. O parlamentar afirmou que o movimento pelas Diretas Já será intensificado. “Vamos criar comitês e atos regionais para denunciar Temer e pedir as eleições diretas.
“Vamos intensificar as denúncias contra esse governo corrupto que a cada dia tem denúncias multiplicadas e novos crimes. É um governo que não se sustenta, os próprios deputados da base reconhecem que estão ganhando tempo para conseguir uma saída”, disse.
