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14 de junho de 2011O risco de que as cinzas do vulcão chileno Puyehue atinjam de novo o Rio Grande do Sul ganhou corpo ontem com um prognóstico alarmante: a nuvem vulcânica seria empurrada para o Estado nesta manhã e permaneceria pelo menos até amanhã.
A tendência de retorno era apontada por mapas do Serviço Nacional Atmosférico e Oceânico dos EUA (Nooa, na sigla em inglês), obtidos pelo meteorologista Cléo Kuhn, da Central de Meteorologia. As imagens mostram as cinzas descrevendo um arco que atinge em cheio o Estado.
– O Nooa está colocando essa previsão. Se vai se confirmar ou não, só o tempo pode dizer. No mínimo, temos de ficar em alerta – disse Kuhn.
O meteorologista Eduardo Gonçalves, da Somar Meteorologia, também enxergava uma “alta possibilidade” de um preocupante retorno das nuvens vulcânicas. Segundo ele, a cinza que foi expelida ontem pelo Puyehue poderia tomar o caminho do sul do Brasil em razão da direção sudoeste dos ventos.
Imagens de satélite reforçaram o perigo. No Centro de Previsão Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o meteorologista Giovanni Dolif viu ontem as nuvens vulcânicas mudarem de trajetória.
– Os ventos mudaram. Pelo que estou vendo no satélite, é possível que as cinzas cheguem ao Rio Grande do Sul. Elas são empurradas pelos mesmos ventos que estão trazendo uma frente fria ao Estado nesta segunda (hoje). – observou Dolif.
Conforme o meteorologista do Cptec, parte da poeira do Puyehue, caso chegue aqui, deve engrossar as nuvens que formam a frente fria e despencar no solo como chuva.
