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18 de abril de 2024O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PSD-SP), tem encontro marcado com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Zavascki é o relator no STF da ação penal oriunda da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Embora não possa ter acesso aos autos nessa fase da investigação, o presidente do Conselho de Ética pretende adiantar alguns trâmites para dar celeridade ao processo que apura se houve ou não quebra de decoro parlamentar do deputado André Vargas (ex-PT-PR).
Segundo a PF, Vargas teria intermediado os interesses do doleiro Alberto Youssef no Ministério da Saúde por meio de convênios da Pasta com a Labogen, laboratório ligado ao doleiro. Youssef foi preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Ontem terminou o prazo regimental de 10 dias para que Vargas indicasse oficialmente seu defensor no processo que corre no Conselho de Ética. Como não o fez, e há quem veja nisso uma estratégia de protelação, Izar indicou o deputado Eurico Júnior (PV-RJ) para a função.
Com a indicação, Vargas terá de apresentar sua defesa formal ao Conselho. Para isso, Izar concedeu mais 10 dias para que o defensor nomeado apresente sua defesa. Na audiência que terá com Zavascki, marcada para às 13h30 desta quinta-feira, Izar pretende pedir ao ministro possa separar a parte da ação penal que diz respeito a Vargas para que, uma vez apresentada a defesa, o relator do caso no Conselho de Ética, Júlio Delgado (PSB-MG), tenha acesso mais rápido à papelada. Por isso mesmo, Izar irá acompanhado do deputado mineiro para o encontro com Zavascki.
Argôlo
Outro deputado suspeito de quebra de decoro por envolvimento com Youssef é Luiz Argôlo (SDD-BA). Segundo a PF, Argôlo e Youssef trocaram mensagens para supostamente acertar detalhes da transferência de R$120 mil que teriam como destino a conta de Vanilton Bezerra, chefe de gabinete de Argôlo. Ao contrário de Vargas, o deputado baiano já constituiu um advogado para atuar no Conselho de Ética, Aluísio Lundgren Corrêa Régis. Ontem ele falou em defesa de Argôlo quando da apresentação do relatório preliminar.
O relatório preliminar, feito por Marcos Rogério (PDT-RO), pediu a investigação de Argôlo, mas não pode ser votado por causa de um pedido de vistas. Mesmo assim, o processo contra o baiano já está correndo, já que o parlamentar é alvo de duas representações, uma delas da Mesa Diretora, que dispensa a aprovação do relatório preliminar. Por isso mesmo, Rogério deverá participar a audiência ao lado de Izar e Delgado. O objetivo é o mesmo, pedir ao magistrado que já adiante a separação da parte do processo que diz respeito a Argôlo.