JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi um dos principais financiadores de projetos de cogeração de energia usando o bagaço da cana. Mas os desembolsos minguaram nos últimos anos, à medida que as usinas entraram em crise.
Entre 2008 e 2013, o banco financiou quase R$ 6,7 bilhões em projetos de cogeração. No ano passado, o banco desembolsou R$ 200 milhões para projetos de usinas que já estavam em andamento. O banco chegou a desembolsar quase dez vez mais durante o auge dos investimentos do setor.
Segundo Artur Yabe Milanez, gerente do Departamento de Biocombustível do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os projetos de cogeração foram crescendo a reboque do movimento de expansão das usinas, que teve seu auge entre 2003 e 2007, estimulados pela frota de carros flex no País.
Expectativa futura
A expectativa é de que o potencial dos investimentos das usinas em cogeração atinja cerca de R$ 1,4 bilhão até 2018, com base nos 11 projetos apresentados no leilão de energia A-5 no ano passado. Deste total, se for realmente efetivado, o BNDES poderá financiar até metade desse valor.
O Grupo São Martinho, que está entre os cinco maiores do País, é considerada exceção nesse cenário desanimador, ao inaugurar no ano passado um projeto de cogeração em sua unidade instalada em São Paulo. O preço médio na safra 2013/14 dos preços contratados em leilão ficou entre R$ 230 e R$ 250. No mercado livre, o preço está em cerca de R$ 820.
Segundo Fábio Venturelli, CEO do grupo, as usinas do setor só investem em projetos de cogeração quando ele se paga. “Ninguém investe no escuro.”
Reforma
Segundo Zilmar José de Souza, consultor de bioeletricidade da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), o setor conta com 200 usinas que poderiam passar por reforma e se tornarem exportadoras de energia para o sistema elétrico.
Para isso, os preços-tetos praticados nos leilões de 2014 precisam ser melhores que os do último A-5, realizado no dia 13 de dezembro, que foi de R$ 144 por MWh.