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18 de abril de 2024O Impostômetro registra hoje, 27, às 14 horas, R$ 700 bilhões. O montante representa o valor em tributos arrecadados do início do ano até então pelos governos federal, estadual e municipal. O ritmo da arrecadação cresce continuamente. O valor alcançado hoje, na metade de 2011, é praticamente o mesmo verificado ao longo de todo o ano de 2005 (R$ 730 bilhões). A marca também foi atingida praticamente um mês antes do que no ano passado, quando os R$ 700 bilhões foram auferidos somente em 23 de julho.
Para não deixar a voracidade do Leão passar em branco, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) programa uma manifestação em frente ao Impostômetro, que desde 2005 está instalado na fachada da sede da ACSP, na rua Boa Vista, no centro da Capital paulista. A ideia por trás da iniciativa é lembrar a população que é do bolso de cada um dos cidadãos brasileiros que sai o dinheiro que abastece os cofres públicos e, assim, buscar conscientizar a todos de que é um direito cobrar o bom uso dos recursos arrecadados.
Estão convocados para a manifestação os 20 vice-presidentes da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) além de autoridades políticas, a exemplo da senadora Kátia Abreu (ex-DEM-TO), que já garantiu presença.
A previsão do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que mantém o Impostômetro em parceria com a ACSP, é de que até o final deste ano seja arrecadado
R$ 1,4 trilhão em tributos. O ano de 2010 terminou com R$ 1,27 trilhão. “Nunca antes neste País tivemos um crescimento tão grande da arrecadação, além de continuarmos em primeiro lugar nas taxas de juros mais altas do mundo”, comentou Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp.
O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, lembra que, apesar de a arrecadação crescer anualmente, o maior volume de recursos que entra nos caixas dos governos não é revertido na mesma proporção para benefício da população. “Vamos bater mais um recorde, uma vez que o crescimento da arrecadação é constante. O lamentável é que essa montanha de dinheiro não está sendo revertida para o bem da sociedade”, disse Olenike.
Recentemente o IBPT inaugurou o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), que mede se a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população é compatível com a arrecadação tributária do País. A informação é obtida cruzando-se a carga tributária com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
No levantamento, realizado com dados de 30 países, o Brasil apareceu com o pior índice. Seu Irbes foi de 144,02, resultado de uma carga tributária de 34,41% (pelos dados de 2009), e de um IDH de 0,807 (que tem escala de zero a um). Como comparação, o Irbes dos Estados Unidos, que têm o melhor resultado entre os países analisados, é de 168,15.
No site do Impostômetro (www.impostometro.org.br) é possível simular o que os governos poderiam fazer com os recursos arrecadados. Com os R$ 700 bilhões alcançados hoje, por exemplo, seria possível construir cerca de 34 milhões de casas populares, ou 57,5 milhões de salas de aula, ou então asfaltar quase 700 mil quilômetros de estradas, entre outros benefícios à população.