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18 de abril de 2024Uma visão de como o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) começará a reverter seu apoio ao sistema financeiro deverá ser definida hoje pelo presidente do Fed, Ben Bernanke, em depoimento por escrito. Mas, embora a estratégia “de saída” do Fed possa ficar mais clara, autoridades e economistas têm indicado que uma mudança de políticas está ainda a meses de distância.
O comparecimento de Bernanke ao Capitólio hoje deveria assinalar um ponto de transição na recuperação da economia americana. O presidente do Fed iria ficar diante dos legisladores pela primeira vez desde sua atribulada confirmação, pelo Senado, no mês passado, para um segundo mandato e exporia seus planos para remoção da liquidez do sistema financeiro norte-americano.
Entretanto, a mais recente paralisante tempestade de neve que caiu sobre Washington obrigou a Comissão da Câmara para Controle de Serviços Financeiros a adiar todas as suas audiências na semana. O depoimento escrito de Bernanke, no entanto, será divulgado conforme planejado.
Durante a crise financeira, o tamanho do balanço patrimonial do Fed expandiu de aproximadamente US$ 800 bilhões para mais de US$ 2 trilhões. O banco central está sendo pressionado a fornecer mais orientação aos mercados e ao público sobre os seus esforços para reduzir o balanço patrimonial, agora que passou o pior da recessão.
“O Fomc (equivalente ao Copom brasileiro) não tem pressa para iniciar sua saída (a reversão das medidas excepcionais de socorro). Acreditamos que eles vão esperar o surgimento de evidências concretas de uma reversão nos mercados de habitação, emprego e crédito”, disseram Michael Cloherty e Michael Hanson, economistas do Bank of America Merrill Lynch, em nota recente. “Eles provavelmente procederão aos poucos, para minimizar o risco de um retrocesso da recuperação. Também vão avançar com pequenos ajustes e variantes, em nossa opinião.”
O Fed vem considerando várias ideias sobre como tirar dinheiro do sistema, antes mesmo de iniciar um aperto monetário mediante aumentos na taxa de de disponibilização de fundos do Fed, a taxa básica que determina os juros interbancários na economia. Um dos aspectos que as autoridades estão considerando é com que rapidez aumentariam a taxa de 0,25% de juros paga aos bancos para armazenar excesso de reservas do banco central dos EUA. O Fed obteve aprovação do Congresso para começar a pagar juros sobre as reservas como parte do projeto de lei de socorro aprovado em outubro de 2008.
Outra ideia é a criação de uma “linha permanente de depósito a termo” no Fed, que também incentivaria os bancos a guardar mais dinheiro no banco central, em vez de emprestá-lo ao mercado. Uma terceira ferramenta que as autoridades do Fed vêm analisando são “reverse repos” (retomada reversa), que permitiria ao banco central americano tomar empréstimos em mercados financiadores de curto prazo – removendo, assim, liquidez do mercado, oferecendo seus próprios títulos como garantia.
Espera-se também que no final de março o Fed encerre suas compras de títulos lastreados em hipotecas. Em algum momento posterior, o Fed começará a vender esses títulos.