Morgan Stanley Says ‘Stick With the BRICs’ on Growth
20 de janeiro de 2010CONTRIBUINTES RENEGOCIAM DÍVIDAS POR LUCROS NA BOLSA
22 de janeiro de 2010O investimento estrangeiro direto (IED) no setor produtivo somou US$ 25,949 bilhões no ano passado, 42,41% abaixo do recorde histórico de US$ 45,06 bilhões contabilizados em 2008, como mostra o Relatório do Setor Externo, divulgado hoje (20) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Ele considera, no entanto, que a entrada de investimento estrangeitro foi “bastante razoável”, considerando-se que o mundo inteiro estava em crise. Altamir ressaltou que, com a melhora do cenário econômico, o BC trabalha com a expectativa de que o volume de recursos neste ano retorne ao patamar de 2008.
O relatório do BC mostra também que o saldo de conta corrente (formado por balança comercial, serviços e transações financeiras) foi negativo em US$ 24,334 bilhões (1,55% do PIB). Apesar disso, foi melhor que em 2008 quando o déficit fechou em US$ 28,192 bilhões (1,72% do PIB).
De acordo com Lopes, a redução é explicada em parte pela crise financeira mundial, uma vez que houve menores transferências de lucros e dividendos para o exterior. As empresas estrangeiras instaladas no país lucraram menos em 2009, e as remessas de lucros caíram de US$ 25,2 bilhões, em 2008, para US$ 33,87 bilhões, no ano passado.
O economista do BC acredita, porém, que com a retomada da atividade econômica e a projeção de maior crescimento nas importações que nas exportações, o Brasil deve registrar déficit recorde de conta corrente externa neste ano – algo ao redor de US$ 40 bilhões. Aí estão incluídas, também, as maiores remessas de juros e dividendos e mais gastos com viagens ao exterior, por conta, principalmente, da valorização do câmbio.
A conta de serviços em 2009 registrou saídas líquidas de US$ 19,3 bilhões, com crescimento de 15,4% na comparação com 2008, e as viagens internacionais contribuíram com gastos de US$ 5,6 bilhões no ano. Outros itens como transportes, computação e royalties também ajudaram na formação do déficit, mas a rubrica que pesou mais foi aluguel de equipamentos, com despesas de US$ 9,4 bilhões, que cresceram 20,3% em relação ao ano anterior.
