A agenda econômica da semana é uma das mais carregadas dos últimos tempos e deve provocar oscilações importantes nos preços dos principais ativos do mercado brasileiro.
Amanhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia o Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre do ano passado. Uma queda em relação aos três meses imediatamente anteriores é certa.
A projeção mais frequente entre os analistas é de um recuo na faixa de 2%. Em relação ao quarto trimestre de 2007, representaria um crescimento de entre 2,5% e 3%. Para o ano de 2008 inteiro, significaria uma expansão próxima de 5,5%.
Mesmo que fique dentro do esperado, o resultado deve levar uma pressão adicional para que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faça um corte maior da taxa básica de juros (Selic), na reunião que começa amanhã e termina quarta-feira.
Hoje, a estimativa da maioria dos especialistas é de uma redução de um ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Mas, com o mau resultado da produção industrial de janeiro, divulgado sexta-feira, muitos analistas reviram suas projeções. Há quem aposte em uma diminuição da Selic de até 1,5 ponto porcentual.
Quarta-feira, o IBGE informará o resultado do IPCA de fevereiro. Trata-se do índice que serve de referência para a meta de inflação brasileira, de 4,5% no acumulado do ano. A expectativa dos analistas é de uma elevação de 0,50%, levemente acima dos 0,48% de janeiro.