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9 de fevereiro de 2024![](https://edisonsiqueira.com.br/wp-content/uploads/2024/04/896eb3f0-fc9e-11ee-b324-2ff12b7d127f.jpg)
Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024O aumento detectado em fevereiro e anunciado ontem, pelo Banco Central, na inadimplência das operações de crédito com recursos livres do sistema financeiro já tinha sido precificado com antecedência pelos bancos, por causa da crise, e incluído nos spreads. Portanto, não há razão para que isso se reflita em eventual nova elevação da diferença entre as taxas de aplicação e de captação praticadas pelas instituições financeiras.
A avaliação foi feita ontem pelo economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, após audiência pública na comissão formada pelo Senado para acompanhamento da atual crise. Ele acompanhou o presidente da entidade, Fábio Barbosa, que foi alvo de muito questionamento pelos senadores por causa do nível dos spreads bancários no Brasil, ainda considerado muito alto pelos parlamentares.
Após uma longa exposição que mostrou o efeito perverso da crise sobre o valor de mercado de grandes conglomerados financeiros mundiais (houve quedas muito expressivas), Barbosa dedicou basicamente todo o resto da audiência a justificar o spread e a rentabilidade dos bancos. Ele destacou que, mesmo crescendo em termos nonimais, o lucro do sistema tem caído em relação a seus ativos, nos últimos anos. Disse ainda que, pela sua própria natureza, o sistema financeiro é obrigado a defender de forma “mais aguerrida” a manutenção de sua rentabilidade, pois perdas mais expressivas de lucratividade costumam gerar desconfiança dos depositantes e corrida por despósitos, como ocorreu recentemente, com a crise, em outros países. Ele acrescentou que, mesmo no Brasil, os bancos não estão no topo da lista de setores com maior rentabilidade sobre patrimônio.
O presidente da Febraban destacou ainda o peso dos tributos e dos recolhimentos compulsórios na composição do spreads. Ele mostrou números do BC segundo os quais sobram, para os bancos, em média, cerca de 27% do spread após impostos, custos administrativos e custos relativos a inadimplência. Mas alertou que esses 27% do total do spread correspondem à margem bruta e não líquida de ganho.
Barbosa disse que, embora os fluxos de concessão tenham mostrado alguma recuperação, o crédito no Brasil dificilmente retomará o vigoroso ritmo de expansão que vinha ocorrendo antes do estouro da fase aguda da crise mundial, até meados do ano passado. Disse ainda que a retomada plena do crescimento do crédito e da economia no Brasil vai depender da recuperação dos Estados Unidos.
Por outro lado, mostrou visão otimista ao dizer que os bancos brasileiros país terão condições de retomar as captações externas antes de os de outros países, por causa da melhor situação do Brasil. A operação da Petrobras foi um precendente positivo, na sua opinião. Ele disse ainda que vê espaço para queda da taxa básica de juros.