Depois de vários meses de indefinição, foi decidido o destino do ex-secretário da Receita Federal Jorge Rachid. Ele será adido tributário do Brasil no governo dos Estados Unidos, em Washington. Ainda não há previsão da publicação da sua nomeação no \”Diário Oficial da União\”. Um adido tributário, segundo a definição oficial, tem a missão de \”dar maior eficiência nas ações do governo brasileiro relativas à fiscalização tributária e à prevenção e repressão de ilícitos aduaneiros\”. A Receita informa que há adidos nas embaixadas de Washington, Buenos Aires, Montevidéu e Assunção, no Paraguai.
Sem função desde que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o substituiu por Lina Maria Vieira, em 31 de julho de 2008, Rachid tinha rejeitado vários convites, sendo que um deles para comandar a Secretaria de Finanças do Rio de Janeiro na gestão do atual prefeito Eduardo Paes (PMDB). Rachid foi, na Receita, o secretário-adjunto responsável pela área da Fiscalização na equipe do secretário Everardo Maciel, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e a escolha de Antonio Palocci para o Ministério da Fazenda, o caminho escolhido, no início de 2003, foi o de evitar uma ruptura e Rachid foi escolhido para chefiar a Receita.
A chegada de Lina foi considerada uma ruptura com relação a esse grupo de auditores que comandou a Receita desde 1995. Na atual cúpula da Receita, apenas dois subsecretários trabalharam na equipe de Rachid: Carlos Alberto Freitas Barreto (normas e legislação), e Michiaki Hashimura (arrecadação e atendimento).