Coca-Cola alerted the FDA to fungicide levels in orange juice
13 de janeiro de 2012Dilma sanciona lei que fixa gastos com a saúde pública
17 de janeiro de 2012O rebaixamento em massa de países da zona do euro reaqueceu um debate
sobre a ampliação do fundo de resgate do bloco, mas os governos estão
divididos sobre um possível aumento de suas contribuições, disse neste
domingo uma autoridade da União Europeia. “Existe um debate. A questão
ainda está aberta e não há até agora um consenso”, disse a autoridade
sob condição de anonimato.
A chanceler alemã Angela Merkel, cujo
país foi poupado pela ação da Standard & Poor’s, recusa-se a elevar a
fatia de Berlim na Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na
sigla em inglês). A Alemanha, maior economia da Europa, já é o maior
fiador da EFSF, que começou com € 440 bilhões mas tem atualmente € 250
bilhões após os resgates de Portugal e Irlanda. O fundo agora é
considerado pequeno demais para ajudar Itália ou Espanha,
respectivamente terceira e quarta economias. A Grécia já aguarda um
segundo resgate.
A decisão da S&P de rebaixar nove países da
zona do euro na sexta-feira, com destaque para França e Áustria, pode
afetar a EFSF. “A EFSF pode perder seu triplo A para empréstimos a longo
prazo”, se nada for feito para compensar os rebaixamentos de França e
Áustria, disse a autoridade da UE.
A S&P havia alertado no
mês passado que qualquer rebaixamento de um dos seis países com triplo A
poderia levar a um corte similar para a EFSF. O rebaixamento deixou
quatro países com triplo A: Finlândia, Alemanha, Luxemburgo e Holanda.
O
comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn,
criticou a decisão da Standard & Poor. Segundo ele, trata-se de uma
medida inconsistente. O ministro das Finanças francês, François Baroin,
por sua vez, disse que o país não permitirá que as agências ditem suas
políticas.
O governo da Áustria afirmou que o rebaixamento de seu
rating de crédito de AAA para AA+ foi uma medida incompreensível e
ameaçava minar o progresso conseguido nas últimas semanas na crise da
zona do euro. “É incompreensível quando uma das três agências de rating
dos EUA decide avançar sozinha e rebaixar países da zona do euro, ou dar
a eles uma perspectiva negativa”, afirmou um comunicado do governo
austríaco.
O país criticou o que qualificou como levantamento
desigual feito pela agência de diferentes países da zona do euro que
antes tinham ratings AAA, “mesmo que as soluções estivessem e estejam
sendo trabalhadas em cooperação próxima”. Viena trabalha “intensamente”
em cortes de gastos, o Parlamento aprovou leis para reduzir o déficit e a
Moody’s e a Fitch reafirmaram recentemente o rating AAA do país,
lembrou o governo.
Dos 17 países da zona do euro, nove foram
rebaixados na sexta-feira. A S&P baixou em dois graus as notas da
Itália, Espanha, Portugal e Chipre. Os bônus da Itália agora são
classificados como BBB+, o degrau mais baixo antes de o país perder o
chamado grau de investimento, nível considerado seguro pelo mercado
financeiro. França, Áustria, Malta, Eslováquia e Eslovênia caíram um
degrau na classificação. A S&P manteve a nota máxima, AAA, de
Alemanha, Finlândia, Holanda e Luxemburgo.
França vai superar problemas com vontade coletiva, garante Sarkozy
O
presidente francês, Nicolás Sarkozy, disse ontem que seu país superará a
crise. “A crise pode ser superada desde que tenhamos a vontade coletiva
e a coragem para reformar o nosso país”, disse Sarkozy em um discurso
na cidade de Amboise, no primeiro pronunciamento público após o anúncio
do rebaixamento da nota da França. “Nós devemos resistir, devemos lutar,
devemos mostrar coragem, devemos permanecer calmos”, afirmou ele.
Sarkozy
garantiu que fará um discurso à nação no final do mês e falará aos
franceses sobre “as decisões importantes que devem ser feitas sem
demora”. Ele deve se reunir na quarta-feira com sindicatos e
empregadores para tentar tornar o mercado de trabalho da França mais
flexível e combater o desemprego antes das eleições presidenciais neste
ano.
No sábado, o primeiro-ministro da França, François Fillon,
afirmou que o rebaixamento era uma notícia “esperada” e não deve ser
“dramatizada” ou mesmo “subestimada”. “As medidas orçamentárias que
adotamos são suficientes”, garantiu a cem dias das próximas eleições
presidenciais o chefe do executivo francês.
Apesar da confiança,
ele não descartou novos ajustes se “necessário”, uma vez que exista
“melhor visibilidade” sobre o crescimento econômico. Fillon se referiu à
possibilidade de aplicar decisões fortes e, concretamente, de assumir
“reformas estruturais” como reduzir “o custo do trabalho” para relançar o
crescimento econômico, a partir da cúpula social que será realizada na
França na quarta-feira.
“As agências de medição de risco não
determinarão nossas políticas nem nossa agenda”, declarou Fillon, quem
ressaltou que seu governo nunca escondeu “a gravidade da crise aos
franceses”.
Nações europeias precisam criar agências de rating, defende ministro alemão
O
ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle,
afirmou em uma visita à Grécia que chegou a hora de a Europa criar
agências independentes de rating de crédito e acalmar o nervosismo dos
mercados com as constantes especulações.
Durante uma pausa nas
negociações com o ministro das Relações Exteriores grego, Westerwelle
afirmou a repórteres acreditar que é muito importante dar a acordos e
pactos realizados dentro da zona do euro uma chance real de funcionar.
Ele acrescentou que essa é a única maneira de renovar a confiança dos
mercados. Westerwelle também se reuniu com o primeiro-ministro, Lucas
Papademos, e com o líder conservador Antonis Samaras.
No
sábado, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o rebaixamento de
nove países da zona do euro representará para a Europa um “longo
caminho” a percorrer para recuoerar a confiança dos investidores.
Angela
pediu que os países europeus apliquem “o quanto antes possível” o pacto
previsto para fortalecer a disciplina fiscal. Ela acrescentou que os
países da zona do euro devem estabelecer o mais rapidamente possível o
chamado Mecanimo de Estabilidade Europeia, o fundo de resgate
permanente. “Temos agora o desafio de implementar um acordo fiscal ainda
mais rapidamente… e fazer isso de forma decidida, sem tentar atenuar a
questão. Também trabalharemos particularmente para implementar o
mecanismo de estabilidade permanente, o MEP, assim que possível. Isso é
importante em relação à confiança do investidor”, disse a chanceler
alemã durante uma reunião dos conservadores na cidade de Kiel, no norte
da Alemanha.
A medida da S&P não foi uma surpresa, afirmou
Angela Merkel. “É uma das três agências de classificação. Precisamos
levar isso em conta. Não nos surpreendeu completamente, dadas as
discussões das últimas semanas.”