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18 de abril de 2024Os empréstimos dos bancos internacionais aos países emergentes, incluindo o Brasil, vão ser negativos em termos líquidos este ano, em uma das mais dramáticas saídas de capitais em meio à crise global. Os emergentes deverão pagar US$ 61 bilhões a mais do que receberão dos bancos internacionais, comparado aos US$ 167 bilhões que receberam a mais do que pagaram em 2008. Isso representa uma virada negativa de US$ 227 bilhões no fluxo de recursos.
A projeção é do Institute of International Finance (IIF), associação dos maiores bancos privados do mundo, que mostra uma reviravolta ainda mais dramática quando se leva em conta que o fluxo líquido de recursos do setor bancário para os emergentes chegou a US$ 410 bilhões em 2007.
Também os empréstimos de bancos emergentes junto a parceiros estrangeiros continuam declinando, refletindo a dificuldade em fazer operações de financiamento ao comércio exterior, por exemplo.
A magnitude do choque de crédito será menos severa para países como o Brasil, que pagará em termos líquidos US$ 2,5 bilhões aos bancos, ao invés dos US$ 7,5 bilhões líquidos obtidos ha dois anos. Em comparação, a Rússia vai desembolsar US$ 49 bilhões a mais do que receberá da banca global este ano, justamente quando continua queimando suas reservas.
A América Latina será menos afetada pela falta de rolagem da divida. Depois ter recebido fluxo líquido de empréstimos de US$ 31 bilhões em 2007 e US$ 9 bilhões em 2008, a previsão é de que agora registrará fluxo negativo de US$ 12 bilhões em 2009.
Em comparação, o Leste europeu, que tinha recebido US$ 123 bilhões, vai agora pagar US$ 27 bilhões a mais. Na Ásia, o repagamento aos bancos será de US$ 25 bilhões. Países com taxa de câmbio fixa, como a Bulgária e os bálticos, enfrentam os ajustes mais dolorosos na medida em que a recessão global se aprofunda, o fluxo de capitais desmorona e as moedas declinam fortemente.
O IIF publicou recentemente outras cifras sobre a deterioração do fluxo de capitais privados para os emergentes. O montante líquido para este ano, somando empréstimos dos bancos, bônus e investimentos diretos, não passariam de US$ 167 bilhões, comparado a US$ 929 bilhões em 2007. Mas William Rhodes, do Citibank, um dos diretores do IIF, foi um dos primeiros a questionar as cifras para 2009, achando que o resultado pode ser ainda pior, considerando que os bancos internacionais estão mais preocupados em emprestar em seus próprios mercados e reduzir a exposição fora.