O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) ameaçou ontem solicitar à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a redução do imposto de importação do aço, caso as siderurgias nacionais reajustem os preços do produto no próximo ano. Para ele, no momento não há justificativas para tal elevação.
Ele disse que o governo está acompanhando “os movimentos do preço do aço e, se verificarmos que há aumento que não se justifica, há possibilidade de pedirmos à Camex que volte a reduzir as alíquotas”. Atualmente, a taxação varia de 8% a 14%.
Segundo a Eletros (associação dos fabricantes de eletrônicos), diversas empresas têm recebido cartas de siderúrgicas informando reajustes nos preços de 7% a 10% a partir de janeiro.
Miguel Jorge revelou que recentemente representantes das siderúrgicas lhe apresentaram notas fiscais e prometeram que não haveria reajuste. No entanto, os empresários disseram que poderiam, sim, reduzir os descontos praticados. “É um eufemismo”, disse o ministro.
Ele reconheceu, porém, que durante o período em que alguns tipos de aço tiveram as alíquotas zeradas não houve aumento na quantidade de importações, pois haveria dificuldades logísticas na compra do produto fora do País.
Na semana passada, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter afirmou, durante a reunião do (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que a indústria siderúrgica brasileira precisa conseguir aumentar as exportações.