O petróleo fechou acima de US$ 75 por barril, depois de novas evidências de que os estoques de petróleo e combustíveis dos EUA estão diminuindo mais rapidamente do que se esperava. No entanto, o verdadeiro teste para o nível de US$ 75 pode vir quando os negócios aumentarem, depois dos feriados de fim de ano. Os contratos para entrega em fevereiro fecharam em alta de US$ 2,27, ou 3,05%, a US$ 76,67 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o valor mais alto desde 1º de dezembro. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para fevereiro subiu US$ 1,99, ou 2,70%, para US$ 75,45 por barril.
Os preços do petróleo saltaram após o Departamento de Energia dos EUA (DOE) informar que os estoques de petróleo dos EUA caíram 4,841 milhões de barris na semana encerrada em 18 de dezembro, para 327,546 milhões de barris. Analistas esperavam declínio de 1 milhão de barris. Os estoques de gasolina recuaram 883 mil barris, contra expectativa de alta de 800 mil barris, enquanto os estoques de destilados tiveram queda de 3,027 milhões de barris, ante estimativa de queda de 2,3 milhões de barris.
Com os estoques no nível mais baixo em quase um ano, os investidores têm alguma esperança de que o pior momento do excesso de oferta tenha passado. As refinarias estão tentando reduzir o superávit, diminuindo a produção de combustível e importando menos petróleo. A esperança contida no preço de US$ 75 por barril é de que parte do petróleo excedente esteja sendo usada por economias em rápido crescimento, como a China, e que o restante será necessário quando a economia dos EUA se recuperar.
Embora a demanda tenha melhorado em relação a seus níveis mínimos, ainda ficou 1,1% abaixo dos níveis do ano passado nas quatro semanas encerradas em 18 de dezembro. O enfraquecimento do dólar colaborou para o rali do petróleo. O euro chegou a subir para US$ 1,4366, com o dólar pressionado pela forte queda nas vendas de imóveis residenciais usados nos EUA em novembro. Embora o dado seja negativo para a futura demanda por energia, o recuo do dólar torna os preços dos contratos de petróleo denominados em dólares mais baratos. As informações são da Dow Jones.